(ATUALIZADA ÀS 10:45) "Este é um ato criminoso, um ato de terrorismo, não só contra Belaid mas contra toda a Tunísia", afirmou o primeiro-ministro, em declarações à rádio local Mosaique FM, acrescentando ainda que promete fazer de tudo para que o assassino seja detido rapidamente.
"O povo da Tunísia não está acostumado a este tipo de acontecimentos, isto é uma reviravolta séria (...) o nosso dever, tanto como Governo como quanto povo é ser sábio e não cair na armadilha do crime, que quer mergulhar o país no caos", disse ainda o líder tunisino.
Chokri Belaid era uma das figuras mais criticas da oposição ao atual Governo, sendo o líder do Movimento dos Patriotas Democratas. Tinha aderido a uma coligação de partidos, a Frente Popular, que se apresenta como uma alternativa ao poder instituído. O político foi morto esta manhã em Tunes, à porta de casa, por dois tiros disparados à queima roupa por um homem que usava uma vestimenta com capuz. O assassinato foi confirmado à AFP pelo seu irmão. "O meu irmão foi assassinado, estou desesperado e deprimido", disse à agência de notícias francesa Abdelmajid Belaid. A família do oposicionista já acusou o movimento islâmico Ennahda, partido do primeiro-ministro, de ser instigador do crime, não tendo dado ainda mais explicações. "Acuso [o líder do Ennahda] Rached Ghannouchi de ter mandado assassinar o meu irmão", declarou Abdelmajid.
A violência social e política tem aumentado na Tunísia durante os últimos meses. Vários partidos da oposição e sindicatos acusaram as milícias pró-islâmicas de ataques contra sedes partidárias ou sindicais.
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