Brasileiros viajam mais à Tunísia
A procura pelo país aumentou após a Primavera Árabe. Houve um crescimento de 76% no número de turistas do Brasil de janeiro a agosto deste ano.
São Paulo – O número de brasileiros que visitou a Tunísia chegou a 1,32 mil de janeiro a 20 de agosto deste ano, um aumento de 76% sobre o mesmo período de 2011, segundo informações do Ministério do Turismo local. Os dados mostram uma retomada da procura pelo destino após a Primavera Árabe, que eclodiu no país no início do ano passado, com a onda de protestos que resultou na queda do ditador Zine El Abdine Ben Ali e na realização de eleições.
A empresária Helena Romano, da HR Viagens e Turismo, de São Paulo, que tem a Tunísia entre seus principais destinos, disse que houve aumento na procura. "Senti de fato um aumento. A Tunísia estava parada por causa da Primavera Árabe, mas a partir de outubro do ano passado houve uma reativação na procura", afirmou ela. A eleição parlamentar que possibilitou a formação de um novo governo ocorreu em outubro de 2011.
Para Slim Fsili, da Tunísia Tur, também de São Paulo, um aumento ainda maior pode ocorrer até o final do ano. "A procura [geralmente] melhora no segundo semestre, deveremos ter um aumento de 30% sobre o primeiro", declarou. Ele ressaltou que o clima é mais ameno a partir de setembro, terminado o escaldante verão do Norte da África.
Fsili estima que o número de visitantes brasileiros deve chegar a 1,8 mil este ano e avançar para até 3 mil anuais no futuro próximo, mas poderia ser muito mais, ele acredita. "Ainda falta muito trabalho de divulgação, pois não há um escritório de representação [turística]. O governo [tunisiano] não está presente no mercado brasileiro [nesta área], faltam ações de marketing", ressaltou.
A divulgação fica a cargo dos próprios operadores, como Romano e Fsili, que promovem iniciativas como convidar jornalistas a conhecerem o país, publicam anúncios e participam de feiras do setor. O dono da Tunísia Tur afirmou que o marketing apoiado pelos governos deu bons resultados para outros países.
"Outros países, como a República Dominicana, que há quatro anos recebiam o mesmo número de brasileiros que a Tunísia, hoje recebem 40 mil", destacou o empresário. Ele citou os exemplos também da República Tcheca, Jordânia e Marrocos.
Romano contou que já tem pacotes para a Tunísia fechados para outubro e para os feriados de Ano Novo e Carnaval. Lá, segundo ele, os brasileiros procuram mais as atrações do deserto do Saara, mas como as pessoas em geral sabem pouco sobre o país, ficam surpresas com a variedade de pontos turísticos. "Cada dia é uma surpresa", disse.
Fsili acrescentou que o turismo cultural desperta também bastante interesse, dado o grande patrimônio histórico, arquitetônico e artístico do país. Vale lembrar que a Tunísia é lar de grandes civilizações desde a antiguidade. Túnis, a capital, foi construída no local da antiga Cartago, cidade estado que disputou com a República Romana a hegemonia sobre o Mediterrâneo. De lá, Aníbal saiu com seu exército e seus elefantes com o objetivo de arrasar a Cidade Eterna, empreendendo uma das aventuras mais comentadas da história.
A empresária Helena Romano, da HR Viagens e Turismo, de São Paulo, que tem a Tunísia entre seus principais destinos, disse que houve aumento na procura. "Senti de fato um aumento. A Tunísia estava parada por causa da Primavera Árabe, mas a partir de outubro do ano passado houve uma reativação na procura", afirmou ela. A eleição parlamentar que possibilitou a formação de um novo governo ocorreu em outubro de 2011.
Para Slim Fsili, da Tunísia Tur, também de São Paulo, um aumento ainda maior pode ocorrer até o final do ano. "A procura [geralmente] melhora no segundo semestre, deveremos ter um aumento de 30% sobre o primeiro", declarou. Ele ressaltou que o clima é mais ameno a partir de setembro, terminado o escaldante verão do Norte da África.
Fsili estima que o número de visitantes brasileiros deve chegar a 1,8 mil este ano e avançar para até 3 mil anuais no futuro próximo, mas poderia ser muito mais, ele acredita. "Ainda falta muito trabalho de divulgação, pois não há um escritório de representação [turística]. O governo [tunisiano] não está presente no mercado brasileiro [nesta área], faltam ações de marketing", ressaltou.
A divulgação fica a cargo dos próprios operadores, como Romano e Fsili, que promovem iniciativas como convidar jornalistas a conhecerem o país, publicam anúncios e participam de feiras do setor. O dono da Tunísia Tur afirmou que o marketing apoiado pelos governos deu bons resultados para outros países.
"Outros países, como a República Dominicana, que há quatro anos recebiam o mesmo número de brasileiros que a Tunísia, hoje recebem 40 mil", destacou o empresário. Ele citou os exemplos também da República Tcheca, Jordânia e Marrocos.
Romano contou que já tem pacotes para a Tunísia fechados para outubro e para os feriados de Ano Novo e Carnaval. Lá, segundo ele, os brasileiros procuram mais as atrações do deserto do Saara, mas como as pessoas em geral sabem pouco sobre o país, ficam surpresas com a variedade de pontos turísticos. "Cada dia é uma surpresa", disse.
Fsili acrescentou que o turismo cultural desperta também bastante interesse, dado o grande patrimônio histórico, arquitetônico e artístico do país. Vale lembrar que a Tunísia é lar de grandes civilizações desde a antiguidade. Túnis, a capital, foi construída no local da antiga Cartago, cidade estado que disputou com a República Romana a hegemonia sobre o Mediterrâneo. De lá, Aníbal saiu com seu exército e seus elefantes com o objetivo de arrasar a Cidade Eterna, empreendendo uma das aventuras mais comentadas da história.